sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Poema de António Gedeão- "Calçada de Carriche"



Ficha técnica:



Poema- "Calçada de carriche" de António Gedeão"
Música- Rammstein- Mein Herz Brennt (Instrumental)
Voz- Marta Correia
Imagem- Google



terça-feira, 8 de dezembro de 2015

António Gedeão- "Calçada de Carriche"


Calçada de Carriche

Luísa sobe, 
sobe a calçada, 
sobe e não pode 
que vai cansada. 
Sobe, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe 
sobe a calçada. 
Saiu de casa 
de madrugada; 
regressa a casa 
é já noite fechada. 
Na mão grosseira, 
de pele queimada, 
leva a lancheira 
desengonçada. 
Anda, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Luísa é nova, 
desenxovalhada, 
tem perna gorda, 
bem torneada. 
Ferve-lhe o sangue 
de afogueada; 
saltam-lhe os peitos 
na caminhada. 
Anda, Luísa. 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Passam magalas, 
rapaziada, 
palpam-lhe as coxas, 
não dá por nada. 
Anda, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Chegou a casa 
não disse nada. 
Pegou na filha, 
deu-lhe a mamada; 
bebeu da sopa 
numa golada; 
lavou a loiça, 
varreu a escada; 
deu jeito à casa 
desarranjada; 
coseu a roupa 
já remendada; 
despiu-se à pressa, 
desinteressada; 
caiu na cama 
de uma assentada; 
chegou o homem, 
viu-a deitada; 
serviu-se dela, 
não deu por nada. 
Anda, Luísa. 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Na manhã débil, 
sem alvorada, 
salta da cama, 
desembestada; 
puxa da filha, 
dá-lhe a mamada; 
veste-se à pressa, 
desengonçada; 
anda, ciranda, 
desaustinada; 
range o soalho 
a cada passada; 
salta para a rua, 
corre açodada, 
galga o passeio, 
desce a calçada, 
desce a calçada, 
chega à oficina 
à hora marcada, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga; 
toca a sineta 
na hora aprazada, 
corre à cantina, 
volta à toada, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga, 
puxa que puxa, 
larga que larga. 
Regressa a casa 
é já noite fechada. 
Luísa arqueja 
pela calçada. 
Anda, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 
Anda, Luísa, 
Luísa, sobe, 
sobe que sobe, 
sobe a calçada. 

Poema de Miguel Torga- "Adeus"




Ficha Técnica:


Música- Beethoven's 5 Secrets - OneRepublic (Cello-Orchestral Cover) - ThePianoGuys
Poema- "Adeus" de Miguel Torga
Voz- Marta Correia
Imagens- Google




Programa- Audacity e windows Movie Maker 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

"Adeus- Miguel Torga"


Adeus

É um adeus...
Não vale a pena sofismar a hora!
É tarde nos meus olhos e nos teus...
Agora,
O remédio é partir discretamente,
Sem palavras,
Sem lágrimas,
Sem gestos.
De que servem lamentos e protestos
Contra o destino?
Cego assassino
A que nenhum poder
Limita a crueldade,
Só o pode vencer a humanidade
Da nossa lucidez desencantada.
Antes da iniquidade
Consumada,
Um poema de líquido pudor,
Um sorriso de amor,
E mais nada.

Miguel Torga




domingo, 8 de novembro de 2015

domingo, 18 de outubro de 2015

Olá a todos!


Em primeiro lugar, vou fazer uma pequena apresentação, bem chamo-me Marta Correia, tenho 17 anos. Nasci na Póvoa de Varzim. Sou estudante na Escola Secundária de Rocha Peixoto, na Póvoa, frequentando o 12º ano, no curs de Artes Visuais, sendo o Nº10, da turma K.

E no âmbito da disciplina Oficina Multimédia, tivemos que escolher um tema, para executar vários trabalhos, e o tema que eu escolhi foi o Desporto, pois nos meus tempos livres prático ginásio, mas não foi só por isso, porque é sempre bom saber o que faz bem a nossa saúde.

E para poder divulgar os nossos trabalhos, tivemos de criar um blog, mas para além do Desporto, também irei abordar alguns trabalhos, acerta a Arte e à disciplina (multimédia).


Por isso se gostares destes temas e tiveres curiosidade, convido-vos a visitar o meu blog.
Espero que gostem, fiquem a espera de novas novidades!